segunda-feira, 15 de agosto de 2016

sereia

Talvez simplesmente o fruto proibido,
Ou talvez o futuro completamente nítido,
Talvez, as perfeitas curvas de um corpo,
Ou talvez desviei a vista de um mundo morto.
Talvez, nada eu tenha visto, seja tudo ilusão,
Um herege que também tenta multiplicar o pão.

Quando utilizo os números, tudo fica incerto,
A alquimia imediatamente transmuta o concreto,
O raciocínio lógico me leva ao mais grave erro,
Sentimento que existe e não existe quando escrevo.
Me perco quando vou decifrar esse código morse,
As próprias probabilidades levam a crer em sorte.

Nem mesmos as palavras podem ser compreendidas,
De repente a dislexia aparece e as tornas clinas,
Se tornam desafiadoras, como o mais sádico psicopata,
Mas, ao mesmo tempo, informais, assim como uma carta.
Enfim, quando estou perto de decifrar,
Um código binário simplesmente toma lugar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário