terça-feira, 29 de novembro de 2016

Vocês foram abandonados pelo destino,
Mas, ainda sim, agarraram à um hino,
Foram postos no último plano da história,
Mas, insistiram e conquistaram vitória.

Vocês foram abandonados ao relento,
Mas, lutaram e dsafiaram até mesmo o tempo,
Distorceram a realidade,
Quebraram o silêncio e trouxeram alarde,
Conquistaram o mundo, mesmo sem recursos,
Tendo apenas o sangue que corria nos pulsos,

Vocês estavam no mais baixo dos planos,
Onde foram esquecidos pelos mundanos,
Nasceram presos em um labirinto,
Tudo que tinham era o instinto,
Mesmo quando tudo estavam contra vocês
Se levantaram, lutaram ate se tornarem reis,

Vocês conseguiram achar uma saída,
Alquimistas que transmutaram a própria vida,
Foram a esperança dos pobres coitados,
Venceram como se não carregassem fardos.
Quando ascenderam, se mostraram gigantes,
Se tornaram a referência dos iniciantes.

O futuro lembrará de como construíram asas,
Gerações se inspirarão por suas fardas,
Hoje, todo sonho virou pó,
Se perdem com os Guerreiros de Chapecó.


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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Me perdia na solidão dos poetas,
Na imensidão de todas minhas metas,
Era eu um fruto do niilismo,
Definido pelo sufixo ismo.
Usava uma fantasia de cético,
Mas, era apenas um sádico,

Criava um mundo solitário, e me divertia,
Fiz da realidade minha prórpia fantasia,
Um imigrante que não olhava os seus,
Um demônio que não sonhava com os céus.
Eu evitava mergulhar no inferno,
Recusava vestir o meu terno.
Lutei e recusei meu posto,
Fugi do meu próprio rosto.

Mas, agora, estou em meu caminho,
Voltei ao meu ninho,
Em minhas mãos está minha coroa,
Enquanto vejo o mundo pela proa,
Olho pra trás e vejo a destruição,
O fogo que consome uma nação,
As sequelas de minha proteção,
A minha última tentativa de ser são.


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Minha função era acompanhar embarcações,
Tudo o que eu fazia era relatar tradições,
Relatava a vida em terras inexploradas,
Em minha cabeça estavam todos os mapas.
O mundo gritava pelo meu nome,
E eu era um pobre inocente com fome.

Tinha fome de vencer o vazio em meu peito,
Vontade de ter sonhos quando em meu leito,
Queria me encaixar em alguma nova civilização,
Encontrar meu lar em meio a imensidão,
Queria espalhar a igualdade em minhas palavras,
Mas, elas apenas davam utilidade às inúmeras clavas,

Minhas palavras eram sentenças de morte,
Junto com elas, acabavam toda sorte,
Textos mal escritos que incentivavam o ódio,
Colocava raças para disputar um pódio.
Meus poemas sentenciavam povos à escravidão,
Minhas rimas diziam quem estava vivendo em vão.
E tudo que eu tentava fazer, era escrever,
Quando menos vi, estava na TV, dizia quem era ser.

Hoje, meus textos estão manchados de sangue,
Eternizam minha participação em uma gangue,
Me fazem ser parte de toda essa escória,
Sou membro eterno da história,


Somos um ponto fixo no espaço tempo,
Separados, vivemos no tormento,
Juntos, nos livramos no Tártaro,
Separados, estivemos fardado, desde o parto.
Nossa punição é nos aturar,
Fazer no outro um lar.
Ou, continuaremos a nos perder,
Nunca seremos de fato um ser,
Viveremos para sempre sendo estrangeiros,
Se não nos prendermos,
Voltaremos a encarar carcereiros,
E aos poucos, nos perdermos.

As vezes, consigo viver com rimas sádicas,
Me contento com canções trágicas,
As torturas não afetam minha pele,
Até que o tempo me repele.
Me faz te encontrar novamente,
Coloca o futuro a nossa frente,
Me faz perceber todas essas cicatrizes,
Nos faz esquecer todas nossas crises.

O tempo se move por nós,
Torce para que fiquemos a sós,
Mas, não acreditamos em destino,
Por isso, nos separamos  sino.


Durante o dia, abuso de sua companhia,
Durante a noite, escrevo os versos que você me trouxe,
Mas, nas madrugadas, meus sonhos pesam toneladas.
Sou obrigado a dormir com cada fardo.
A minha cama, por ti, clama.
O mundo me tortura, recusa oferecer a cura.
Exige sua presença, me põe em decadência.
Estou proibido de sonhar, só me resta lhe eternizar.
Te incorporar em versos, em poemas desconexos.


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Bom Dia, e no caso...

Bom dia, e caso não nos vejamos novamente...
Espalhe minha mensagem pra sua gente,
Não deixem que esqueçam do meu show,
Lembre-os que cresceram vendo o que sou.
Que adaptaram suas rotinas para me ver,
Que necessitavam da presença do meu ser.
Lembre-os que o mundo girou a minha volta,
Que todos serviam apenas como minha escolta.


Bom dia, e caso não nos vejamos novamente,
Lembre-se que eu fui o foco de sua lente,
Que sou o astro que permitiu o sucesso,
Que sem mim, a vida dos figurantes não teriam nexo,
Lembre-se que, sim, eu estava em uma prisão,
Mas, vocês giravam em torno do meu não.
Mesmo em suas grades, me tronei explorador,
Explorei seus sentimentos, me tornei a razão da dor.
Lembre-se que, mesmo chegando tarde, redescobri o mundo,
Que entrei na sua mente e implantei minha imagem lá no fundo.

Quando acordar e não meu ver, aproveite seu dia,
E veja que sem mim, sua vida é fria,
Agradeça por não termos as mesmas condições,
Pois, em seu mundo, eu receberia suas orações.
Bom dia, e caso não me veja novamente,
Agradeça pelo show que dei e, depois, siga em frente.


Good Morning, and in the case i don't see you again,
Well... Whithou my face, you have to acept the pain.


Bom Dia, e no caso...

Bom dia, e caso não nos vejamos novamente...
Espalhe minha mensagem pra sua gente,
Não deixem que esqueçam do meu show,
Lembre-os que cresceram vendo o que sou.
Que adaptaram suas rotinas para me ver,
Que necessitavam da presença do meu ser.
Lembre-os que o mundo girou a minha volta,
Que todos serviam apenas como minha escolta.

Bom dia, e caso não nos vejamos novamente,
Lembre-se que eu fui o foco de sua lente,
Que sou o astro que permitiu o sucesso,
Que sem mim, a vida dos figurantes não teriam nexo,
Lembre-se que, sim, eu estava em uma prisão,
Mas, vocês giravam em torno do meu não.
Mesmo em suas grades, me tronei explorador,
Explorei seus sentimentos, me tornei a razão da dor.
Lembre-se que, mesmo chegando tarde, redescobri o mundo,
Que entrei na sua mente e implantei minha imagem lá no fundo.

Quando acordar e não meu ver, aproveite seu dia,
E veja que sem mim, sua vida é fria,
Agradeça por não termos as mesmas condições,
Pois, em seu mundo, eu receberia suas orações.
Bom dia, e caso não me veja novamente,
Agradeça pelo show que dei e, depois, siga em frente.


Good Morning, and in the case i don't see you again,
Well... Whithou my face, you have to acept the pain.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

sereia

Talvez simplesmente o fruto proibido,
Ou talvez o futuro completamente nítido,
Talvez, as perfeitas curvas de um corpo,
Ou talvez desviei a vista de um mundo morto.
Talvez, nada eu tenha visto, seja tudo ilusão,
Um herege que também tenta multiplicar o pão.

Quando utilizo os números, tudo fica incerto,
A alquimia imediatamente transmuta o concreto,
O raciocínio lógico me leva ao mais grave erro,
Sentimento que existe e não existe quando escrevo.
Me perco quando vou decifrar esse código morse,
As próprias probabilidades levam a crer em sorte.

Nem mesmos as palavras podem ser compreendidas,
De repente a dislexia aparece e as tornas clinas,
Se tornam desafiadoras, como o mais sádico psicopata,
Mas, ao mesmo tempo, informais, assim como uma carta.
Enfim, quando estou perto de decifrar,
Um código binário simplesmente toma lugar.

sábado, 6 de agosto de 2016

Crônicas de um antigo Deus. Parte 1

Nasci com sangue divino em minhas veias,
Totalmente indiferente às vidas alheias,
Mandava pragas aos que me ofendiam,
Fadava à burrice os que não me liam.
Eu era onipotente e intocável,
No inferno, meu ego se mostrou inflamável,
Não havia punição para meus atos,
Céu e inferno eram habitats natos.

Mas, eu conheci a Terra.
Vi o nascer de uma nova era.
Conheci um povo que me ensinou a rimar,
Que acolheu um deus arrogante em seu lar.
Lá fiquei sabendo que o Olimpo estava extinto,
Me contaram que o inferno sempre foi um mito.

Percebi que eu estava isolado,
No topo do mundo, vivendo igual retardado,
Esperando fé em uma crença morta,
No chão, sem saber que aquilo era a derrota.

Eu era apenas uma farsa,
Um ser sem nenhuma graça,
Mas, a Terra me acolheu.
Me ofereceu um novo eu.
Tive a oportunidade de existir novamente,
E pude, mais uma vez, ser um gigante.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

He born in the death
Just because was deaf
Lived with fear to make fails
And put yourself in jail.

He never will listen any song
Because of that, hapiness can't be found,
He did not see the hell for a long,
Never know the pain around.

In the end of the day, he always cry,
Every hour is the end, without same "Hi"
One day he can listen something
But, that was the tear who keeping dropping since his ten.

He became blind,
He lost your mind,
He is a addict to sadness.
He born in the death
Just because was deaf
Lived with fear to fail
And put yourself in jail.

He never will listen any song
Because of that, hapiness can't be found,
He did not see the hell for a long,
Never know the pain around.

In the end of the day, he always cry,
Every hour is the end, without same "Hi"
One day he can listen something
But, that was the tear who keeping dropping since his ten.

He became blind,
He lost your mind,
He is a addict to sadness.
He born in the death
Just because was deaf
Lived with fear to make fails
And put yourself in jail.

He never will listen any song
Because of that, hapiness can't be found,
He did not see the hell for a long,
Never know the pain around.

In the end of the day, he always cry,
Every hour is the end, without same "Hi"
One day he can listen something
But, that was the tear who keeping dropping since his ten.

He became blind,
He lost your mind,
He is a addict to sadness.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Rei

Uma vez, ouvi crônicas sobre um rei,
Um ser que se tornou a própria lei,
Um plebeu que se tornou exemplo,
Alguém que viveu sobre o relento.

Ele sabia viver sem nada,
Inspirava sem precisar de farda,
Teve uma vida marcada de certezas,
Fora sempre rico, mesmo fora da nobreza.

Ele podia citar cada pequena regra,
Sabia colocar cada rédea,
Logo se tornou o juri de cada charlatão,
Mostrava ao seu povo que arriscar era em vão.

Era o exemplo de todos os fracassados,
De todos os incapazes de tomarem lados,
Sua simplicidade encantava os preguiçosos,
Àqueles que não queriam fazer esforços,
Aos que tinham preguiça de pensar,
Aos que apenas queriam ficar em seu lar.

Logo, se tornou o pesadelo dos vagabundos,
Afinal, ele nasceu na merda, mas, nunca foi imundo.
Sua imagem ascendeu sobre os deuses,
Sua glória denominava os meses.

Conquistou o reino com trabalho duro,
Com suas próprias mãos, até construiu um muro,
Isolou seu povo do mundo primitivo,
Fez questão de reescrever cada livro.

E assim, um império caiu.
De repente, já não havia mais politica vil.
Um trabalhador trouxe a verdadeira paz,
E agora, na memória da plebe, uma canção jaz:

"Óh, todos salvem ao anjo caído,
Àquele que veio nos dar um futuro nítido,
Por nós, abdicou seu trono no paraíso,
Graças a ele, morremos com um sorriso."

terça-feira, 15 de março de 2016

Futuro, passado e presente se unem,
Realidades inteiras, de repente, ruem,
Um universo pessoal é criado,
Um colapso que destrói tudo ao nosso lado.

E então, cada segundo se despedaça,
Viramos protagonista de uma farsa,
Nesse lugar nós somos universais,
Aqui nossos pensamentos são formais.

Viramos o centro do universo,
Tudo além de nós fica imerso,
Uma vida inteira em nosso olhar,
Somos parte de cada raio solar.

Milhões de anos se passam por dia,
Porém, não temos porque temer a entropia,
Afinal, no nosso plano não existe tempo,
Sem leis da física, em nosso próprio momento.

Quando sairmos, não conheceremos o mundo,
Só saberemos que nada jamais será tão profundo,
Seremos astronautas buscando um novo planeta,
Um povo cujo o lar foi condenado por algum cometa,
Estaremos desacostumados com a gravidade,
Seremos estrangeiros na realidade.
Nunca mais veremos a vida da mesma maneira,
Tudo além de nós estará fadado à poeira,

Afinal, vivenciamos todo o cosmos,
Tivemos a eternidade para transformar o que somos.
Vivemos cada uma de nossas vidas paralelas,
Vimos a nossa existências em diferentes Terras.
E em cada uma delas, sempre terminávamos juntos,
O simples encontro de nossa olhar desdobra mundos.

Por isso, voltar será uma tortura,
Nada mais estará a nossa altura,
O comum será apenas escuridão,
Para nós, não bastará ser parte da criação.



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Nasci e cresci infeliz,
vivi e morri, sempre por um triz.
Sorri e fingi, até mesmo no enterro.
Fiz e quis, evitando cada erro.

Mas, aqui estou, um triste fim,
Com rimas referentes apenas a mim,
"Aqui jaz um príncipe" está no caixão,
Um figura real, fadada solidão.

Minha calma diante a morte assusta,
Revejo uma história sem qualquer luta,
Sequer tive algum sonho outrora,
Pra mim não há antes, depois ou agora.

A dor talvez fosse melhor que o nada,
Como pode o nulo pesar essa tonelada?
A falta de pecados me trouxe ao inferno,
Um terrível tormento interno.

É irônico, pois até mesmo na morte,
Ajo como tivesse sorte,
Me forço a estar contente,
A felicidade é uma obrigação em minha mente.