quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Soneto para Deus.

Você é pintor,
Em vida, apenas somos seus quadros,
Em sua obra está presente toda sua dor,
Em cada detalhe da tinta vemos seus fardos,

Você é vigilante,
Fornece segurança para irmos adiante,
Fornece a morte para quem perdeu a utilidade,
Fornece a transformação da ilusão em verdade,

Você é onisciente,
Viu cada detalhe da nossa evolução,
Viu cada um ao perder o coração,
Viu como a humanidade morre a cada vez que mente.

Você é o culpado,
Tu és o ser que criou toda morte,
Vós resumistes a vida em um rolar de dado.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

1 Suas palavras trazem a calma para minha mente,
2 Ver seu rosto, em meu futuro me faz ir em frente,
3 Sua presença eterniza cada segundo,
4 Seu brilho é o que ilumina meu mundo,
5 Em minha mente, sua voz vira uma canção,
6 Cada palavra dita o ritmo de meu coração,
7 Nas mudanças de minha mente, só permanece você,
8 Entre tantas vistas, tudo que necessito é te ver,
1 Cada frase por ti formada, deixa meu mundo cor,
2 Tudo que espero para o amanhã é ter seu amor,
3 Perto de você, cada momento se torna uma vida,
4 Com sua luz, sou capaz de vencer todo dia,
5 Seu timbre acalma meus pensamentos,
6 Meu corpo movido através de seus sentimentos,
7 A única constância em todas minhas ideias,
8 A beleza que sempre estará em todas minhas férias.
1 Minha vida se torna um paragrafo escrito por sua mão,
2 Com você, meu futuro ruma a perfeição
3 Mas, também o presente se torna uma fração do infinito,
4 Sua iluminação já faz parte do meu instinto,
5 Você me movimenta com a mais bela orquestra,
6 Quando não com você, uma mente sem coração me resta,
7 Te amar é o única pensamento que não mudará
8 Um sentimento que se espalha pelo ar.



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Caminhei observando sequelas de um mundo morto,
Por uma trilha que outrora seria cemitério de meu corpo,
Abandonei o fardo de ser um dos únicos a andar,
Mas, hoje, incorporo a luz do sol e venho iluminar meu lar
Hoje vejo que nunca tive opção
O mundo sempre esteve em minha mão
Tentei me isolar após presenciar o horror
Tentei guardar o que não foi consumido pela dor,
Porém, hoje senti o sol me chamar
Meu pulmão queimando, pedindo por ar
Minha alma me punindo pelo silêncio,
De tanto parado, virei parte do cimento,
A voz do fracasso impregnada na cabeça,
Apenas o sangue continuara em minha mesa,
Esqueci a esperança que me levou ao céu,
O sonho que me fez ser além de mais um réu,
Esqueci do quanto a natureza me guiara,
Como o verde existia antes desse enorme Saara,
Como era tudo isso quando possuía cor,
Como era possível viver sem se decompor,
Quando a minha gente ainda acreditava na liberdade,
Não se prendiam à alguma cidade,
Quando não precisávamos usar máscaras,
Quando não possuíamos castras,
Mas, talvez, o mundo nunca tenha mudado,
Talvez minhas inúmeras palavras que se tornaram um fardo,
Em algum ponto meu olhar perdeu o brilho,
Passei a recusar que desse mundo eu era um filho,
Mas, nasci na poeira criado pela história,
Mais um que teria que se contentar em ter a vida na memória,
Mas, hoje não busco mais a perfeição,
Apenas levanto e me torno a bandeira da minha nação.
Logo no meu inicio, aceitei esse destino,
Agora, é impossível viver com o mínimo.