sexta-feira, 12 de junho de 2015

Versos de um tempo passado.

O fim mais que perfeito me causa dúvida,
Ainda existe o que outrora era chuva?
Ficara ela onde tudo acabara?
Terminara de molhar o nosso Saara?
Encerrara tudo no mais-que-perfeito?
Um futuro melhor já fora eleito?

Na memória, jaz o jeito que ela me molhava
Nesse tempo, eu sequer me lembrava onde era minha casa,
Ali nada tinha fim, mas, a vida era nítida
Minhas  lágrimas já não ficavam escondidas,
Logo quando eu me acostumava com a água,
Misturava com ela as minhas magoas.

Então, tudo simplesmente mudou,
O sol voltou a trazer a velha cor,
Porem, nem mesmo o brilho permaneceu,
Algo perfeito que morreu em meu museu.
Diante a mim, nem mesmo o dia durou,
E após isso sequer brotou alguma flor.

Mas, confesso que ainda tenho sonhado,
Desejado cada gota do que se tornou um fardo,
Esse que trago do passado,
E o carrego, mesmo que calado.
Os corpos que não deixei jogados,
No tempo que o tempo  me fez soldado.

O futuro de pretérito se divide,
Eu agiria em outra crise?
Ou ficaria parado novamente?
Veria um outro futuro para minha mente?
Ou estaria paralisado perante as possibilidades?
Hoje, as formas do passado sem mostram em grades.


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